Inalou o fumo de forma lenta, longa e soltou-o devagar, como que a saborear o acto em si. A maioria da sua cara estava escondida sob um velho e antigo chapéu, e sob ele apenas se deslumbrava sombras. Mesmo com a luz do cachimbo não se conseguia perceber bem as suas feições.
Apresentou-se como um bardo - mas ninguém acreditou nele com a sua voz rasgada e curta- e todos tínhamos a convicção que tinha viajado pelas perigosas florestas sozinho.
Contudo, ele ofereceu-nos uma história em troca de algo para comer e pelo calor da nossa fogueira. Concordamos porque nos custava deixar alguém passar uma noite nesta floresta fria. Começamos todos a ganhar uma posição mais confortável junto à fogueira, com as nossas armas por perto no vá o Diabo tece-las, e esperamos ansiosamente pela história que iriamos ser brindados. A noite prometia frio, e lentamente a sua voz nos levou numa viagem inesquecível. A origem do nosso mundo...
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